Espaço, inaugurado inicialmente com 10 mil peças de coleção, projeta ser referência mundial. Lançamento teve presença do inglês Sebastian Coe, além do doador, Roberto Gesta
Foi inaugurada nesta segunda-feira, na Arena da Amazônia, a Galeria Olímpica, museu do esporte internacional montado com o acervo de coleção do presidente da Confederação Sul Americana de Atletismo (Consudatle), Roberto Gesta. O evento foi uma avant premiere do espaço, que deve ser aberto ao público nos próximos meses.
A cerimônia de abertura do museu foi acompanhada pelo presidente da associação de federações de atletismo e bicampeão olímpico nos 1500 metros (Moscou 1980 e Los Angeles 1984), o inglês Sebastian Coe, que fez a inauguração simbólica do espaço, a convite de Roberto Gesta.
Ao todo, são cerca de 10 mil peças, entre livros, medalhas e tochas olímpicas, além de artigos diversos que remetem ao esporte, indo desde peças com 2.500 anos, passando por armadura da idade média, até o mascote da última Olimpíada, a Rio 2016, por exemplo.
Espaço tem 10 mil peças de coleção – Foto: Marcos Dantas
Todo o acervo foi cedido pelo presidente da Consudatle, Roberto Gesta, que é um dos maiores colecionadores deste tipo de artigo no mundo. Ele explica que a parte do museu que foi inaugurada é apenas uma degustação, e o espaço completo terá 70 mil peças à disposição do público.
– Isso é o que vale na vida. Compartilhar e ter a oportunidade de mostrar a história do esporte, aliada à cultura e aos fatos que mudaram a humanidade. Temos uma biblioteca com 8 mil volumes, com obras muito antigas, dos séculos XV e XVI, até atualmente, que será aberta a pesquisadores, para que a gente possa transformar esse espaço numa universidade do esporte, que não existe no Brasil. Será um espaço onde poderemos conquistar o mundo – disse.
Espaço tem desde artigos de 500 anos A.C. até símbolos da última Olimpíada, disputada no Rio de Janeiro — Foto: Marcos Dantas
Para Sebastian Coe, o museu será responsável por despertar nos atletas do futuro o amor pelo esporte por meio da história.
– É uma máquina do tempo, e uma das mais importantes, porque os mais jovens, mais especificamente aqueles que já são envolvidos com o esporte, ou mesmo aqueles que não são, virão aqui e vão se inspirar. Eles irão conhecer os heróis do passado, entender a história do esporte e os desafios que eles venceram – vislumbra.
Museu completo e entrada grátis para amazonenses
O titular da Secretaria de Estado de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel), Caio André, revelou que a abertura do museu, mesmo ainda sem todo o acervo à disposição, aconteceu para a aproveitar a presença das autoridades das confederações de atletismo da América do Sul, que estavam em Manaus para eleger o novo presidente da Consudatle, e que a partir do mês que vem o espaço será preparado para receber o público.
Itens raros foram cedidos pelo colecionador Roberto Gesta – Foto: Marcos
Os amazonenses terão entrada gratuita no museu, enquanto turistas pagarão, assim como já acontece no Teatro Amazonas. A versão completa do museu, com 70 mil peças em exposição, no entanto, ainda não tem previsão de lançamento.
– Para todo o povo do Amazonas, o espaço será inteiramente grátis, para as pessoas de fora será cobrado um valor simbólico. Sobre museu completo, o projeto está sendo montado para ser o museu mais importante do olimpismo no mundo. O projeto vai ser apresentado pelo Governo Estadual ao Governo Federal, para que busquemos recursos e realizemos. Ainda não há previsão de abertura do museu completo, mas essa parte inaugurada hoje deve começar a receber o público após o carnaval – projeta.
Amazonenses terão entrada grátis no museu – Foto: Marcos Dantas
Espaço também tem artefatos que remetem à história do esporte na antiguidade – Foto: Marcos Dantas