Museu do Esporte Olímpico será inaugurado na Arena da Amazônia

Inauguração ocorre nesta segunda-feira, às 17h. Serão cerca de 10 mil peças, entre livros, objetos olímpicos e do esporte em geral

Museu do Esporte Olímpico será inaugurado na Arena da Amazônia

O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), realizará, na próxima segunda-feira, às 17h, a inauguração do Museu do Esporte Olímpico.

Com cerca de 10 mil peças, entre livros, objetos olímpicos e do esporte em geral, cedidas pelo advogado e colecionador Roberto Gesta de Melo, o local escolhido para acolher esse tesouro cultural e esportivo foi a Arena da Amazônia, um dos cartões postais de maior relevância para o Estado.

– Esse é um grande legado que iremos deixar para as próximas gerações. Tenho certeza que tudo o que foi disponibilizado aqui será de grande valia, principalmente, para os estudantes e atletas, que poderão ver de perto as conquistas olímpicas e conhecer um pouco da história e da importância do esporte para a humanidade – destacou o titular da Sejel, Caio André de Oliveira.

Museu será inaugurado na segunda-feira — Foto: Mauro Neto/Sejel

Museu será inaugurado na segunda-feira — Foto: Mauro Neto/Sejel

Colecionador há cerca de 50 anos, Roberto Gesta falou de sua paixão pelo esporte e das chances que teve ao longo da vida, quando adquiriu objetos bastante significativos para o esporte mundial, que vão desde a Antiguidade, passam pela Idade Média, Renascimento, Tempos Modernos e à Era Contemporânea.

– Minha coleção abriga mais de 70 mil peças que foram reunidas ao longo do tempo e serviu de objeto de visitação e estudos, em minha casa, por especialistas do mundo inteiro. Publicamos várias obras sobre a história do esporte, um retrospecto sobre o Brasil tornar-se uma nação olímpica, entre outros, e isso perdura até hoje – disse.

Dos objetos a serem apresentados no museu, estarão ainda medalhas olímpicas originais, desde a primeira, em 1986, até as mais recentes. Também serão expostos pôsteres, tochas, mascotes, entradas de jogos, relatórios oficiais das candidaturas dos países aos Jogos Olímpicos, entre outros.

A biblioteca, que já está montada e constam mais de oito mil volumes das mais diferentes épocas desde a Antiguidade Clássica (estudos) até as Olimpíadas Rio 2016, será um local onde o conhecimento especializado poderá ser difundido.

Acervo ficará na Arena da Amazônia — Foto: Mauro Neto/Sejel

Acervo ficará na Arena da Amazônia — Foto: Mauro Neto/Sejel

Acesso público

Mesmo com toda a contribuição dada por meio desses estudos, surgiu a necessidade de que o maior número de pessoas pudesse ter acesso a esses objetos e também às obras oriundas dessas pesquisas. Foi quando surgiu a ideia de compartilhar esse material com toda a população.

– Os objetos que irão compor o Museu serão cedidos por um período de 20 anos ao Governo do Estado. As peças ficarão em exposição, inclusive, atraindo turistas, porque essa é a segunda maior coleção do mundo de objetos esportivos, ficando atrás apenas do Museu Olímpico Internacional, situado em Lausana, na Suíça – explicou Roberto Gesta.

Etapas

Organizado em duas etapas, as atividades serão desenvolvidas primeiramente nas instalações cedidas pelo Governo do Estado, por meio da Sejel e Secretaria de Estado de Cultura (SEC), na Arena da Amazônia. A segunda etapa compreende um espaço maior, também na Arena e cedido pelo Governo, mas será algo a ser tratado no âmbito federal, conforme o colecionador Roberto Gesta.

– Há uma perspectiva bastante consistente de que nós vamos conseguir o apoio do Governo Federal nesse sentido, pois é algo que interessa ao Brasil. Não há nada similar, existem museus importantes com a história do futebol, mas nada voltado para os outros esportes e para as modalidades olímpicas”, comentou.

Exposição e colecionismo

Na segunda etapa do projeto, as histórias do museu serão contadas por intermédio de todos os segmentos do colecionismo (prática de guardar, organizar, colecionar e expor itens).

Entre eles está a filatelia, que é o estudo e colecionismo de selos postais e objetos relacionados, e que já foi fator de obtenção de recursos para a realização dos primeiros Jogos Olímpicos, como conta Roberto Gesta.

– Poucos sabem, mas, em 1896, na Grécia, uma série excepcional de 12 selos foi lançada e ela ajudou nos recursos para a organização dos próprios jogos. Esses selos traziam imagens da época, como prédios da antiguidade grega e imagens dos grandes escultores. Essas e outras muitas histórias serão contadas por meio desses objetos – garantiu.

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